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K957p Kerouac, J.. Pé na estrada
K957p Kerouac, J. (1957). Pé na estrada. E-book.
1 ‘para mim, pessoas mesmo são os loucos, os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, os que querem tudo ao mesmo tempo, aqueles que nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns, mas queimam, queimam, queimam’ /11.
2 Meus amigos envoltos nesse pesadelo sem nexo que é combater o sistema o tempo inteiro, e Dean se limitava a viver nessa mesma sociedade, faminto de pão e amor, cagando para tudo, desde que descolasse uma gata e algo para comer /13.
3 ‘aos olhos deles eu pareceria misterioso e maltrapilho, como um profeta que cruzasse a terra inteira para trazer a palavra enigmática, e a única palavra que eu teria a dizer era ‘uau!’’ /42.
4 ‘um profundo diálogo de almas, pois a vida é sagrada e cada momento é precioso’ /64.
5 Roubo porque o mundo me deve algumas coisinhas, só isso /77, e porque o presidente disse que é preciso diminuir o custo de vida /79.
6 ‘mañana, uma palavra adorável que provavelmente quer dizer paraíso’ /103.
7 ‘nada era preciso nas coisas que ele dizia, mas o que ele pretendia dizer era, de alguma forma, puro e preciso’ /132.
8 ‘algo estranho começou a me obcecar. Era assim: eu me esquecera de alguma coisa. Uma decisão que estivera prestes a tomar (...); aquilo me amedrontava, me espantava, me deixava triste. Tinha algo a ver com o ‘Viajante Encapuçado’ que me perseguia no sonho e me alcançava pouco antes de chegar à Cidade Protetora. Talvez fosse eu mesmo, vestindo um manto. Algo, alguém, algum espírito nos perseguia, a todos nós, através do deserto da vida, e estava prestar a nos apanhar antes que alcançássemos o paraíso’ /135.
9 ‘a única coisa pela qual ansiamos em nossos dias de vida, e que nos faz gemer e suspirar, sujeitos a todos os tipos de dóceis náuseas, é a lembrança de uma alegria perdida, provavelmente experimentada no útero, e que somente pode ser reproduzida (apesar de odiarmos admitir isso) na morte. Mas quem quer morrer?’ /135.
10 ‘gosto de muitas coisas ao mesmo tempo, e me confundo inteiro e fico todo enrolado correndo de um destino falido para outro, até desistir. Assim é a noite, e isso é o que ela faz com você: eu não tinha nada a oferecer a ninguém, a não ser minha própria confusão’ /137.
11 ‘tudo aquilo seria uma grande saga sobre a névoa’ /145.
12 ‘deixávamos a confusão e o absurdo para trás, e executávamos a única função nobre da nossa época: manter-nos em movimento’ /145.
13 ‘digamos somente que ele era um professor; deve ser dito também que ele tinha todo o direito de ensinar, porque passava o tempo todo aprendendo’ /155.
14 ‘uns são filhos da puta, e outros não; e isso é tudo’ /157.
15 ‘nascera neste mundo, e não havia nada que pudesse fazer para mudar isso’ /203.
16 A teoria do ‘aquilo’: pp. 223-226.
17 ‘tínhamos um percurso muito maior pela frente. Mas estava tudo bem, a estrada é a vida’ /229.
18 ‘nada os amedronta mais do que aquilo que querem’ /233.
19 ‘completamente impregnado pelo estranho mito cinzento do ocidente e pelo misterioso mito negro do oriente. Desde então, todos os meus atos têm sido automaticamente ditados ao meu subconsciente por essa horrível experiência osmótica’ /266.
20 ‘subitamente surgiu à minha frente um velho alto, com cabelos brancos esvoaçantes e uma mochila nas costas; ao ver-me, enquanto passava, disse: Lamente-se pelo homem’ /331.
21 ‘o mundo inteiro se abriu à minha frente, porque eu não tinha sonhos’ /281.
...
M. c.: um primeiro plano de intensa agitação, mas o que interessa é o fundo, onde permanece a mesma aflição, angústia. Tanta coisa aconteceu em cada página, no mundo externo, mas dentro dos personagens permanece tudo parado, petrificado. Tanta correria, sempre correndo atrás de algo, ou fugindo de algo, que eles não sabem o que é.
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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